Eu vinha alí, meio aéreo, vi uma bela moitinha, encostei, parei, cheirei, dei uma cavadinha, fucei, fucei mais um pouco, até deixar o focinho cheio de terra... Bocejei, levantei a pata traseira... Não tinha xixi, sabe, foi só força do hábito. Aí caí na real, e lembrei que estávamos indo. Indo, como a gente sempre vai. Então, distraído como fiquei, me assustei ao pensar que poderia ter sido esquecido e largado sozinho... Ledo engano! Ao erguer a cabeça, vi que meu amigo estava logo ali, bem adiante, me esperando pacientemente. Corri pra ele, ganhei um sorriso, um afago na cabeça e continuamos nosso caminho.
(texto: rogério rothje - www.cronicato.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário