quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ouvi ontem do meu professor de literatura: "A gente tem que fazer o possível para que as borboletam venham ao nosso jardim. E se você fecha o jardim e tranca a borboleta lá dentro, deve começar a repensar se isso é amor mesmo, ou mais um sentimento de posse. (...) Amar de verdade é amar por amar. Se a pessoa fez algo de errado com voce, voce, amando de verdade continua a amá-la, porque o amor nao depende da atitude do outro. (...) não sei se amo, ou já amei minha preciosa, porque ainda nao sofri nenhum tipo de situação que precise povar esse amor incondicional..." E por ai foi, mais ou menos assim.

Ele sempre para a aula e começa a falar da vida assim, de forma leve, natural, e o que quer que eu esteja fazendo na hora, eu paro pra ouvir. Não sei até que ponto que é papo dele, afinal de contas ele é homem e um simples mortal, mas ele se refere com tanta delicadeza à mulher, à literatura, à arte... dificil ver gente asssim, homem assim. E não! Não estou apaixonada, absolutamente. É apenas admiração e reconhecimento!
Me lembrei na hora de uma grande amiga que parece que esta perdida e presa num pequeno jardim. Ela se diz feliz assim, apesar de nao enxergar a realidade desse jeito. É a escolha de cada um e eu devo aprender a respeitar isso sem fazer críticas.

Também depois disso, pensei eu não tenho o direito de julga-la, porque se é assim que ela quer, entao assim deve ser. Já prendi muita borboleta no meu jardim e deixei que me prendessem. Na verdade, eu já praticamente pedi pelo amor de Deus que fosse amarrada e acorrentada ao jardim alheio. E da mesma forma, quando nao se quer trancar a porta, se deixa entreaberta, recostada e quando bate o primeiro vento, ele te arrasta embora. E pra sempre porque voce foi parar tão longe que perde o caminho de volta.

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